Saúde

Vacinas: Diferença Entre SUS e Particular e Tudo Que Você Precisa Saber

A vacinação infantil é uma das formas mais eficazes de proteger a saúde das crianças. Por isso, no Brasil, o calendário de vacinas é amplamente acessível pelo SUS, mas há opções adicionais no sistema particular.

Dessa forma, entender as diferenças entre o SUS e o particular ajuda os pais a fazer escolhas conscientes. O que cada sistema oferece? Quais as idades recomendadas? Qual o custo médio das vacinas particulares? Vamos esclarecer essas questões.

Neste artigo, você terá um panorama completo para decidir o que é melhor para a imunização do seu filho.

Como funciona o calendário de vacinas do SUS?

O calendário de vacinas do SUS é uma ferramenta essencial para garantir a imunização das crianças contra doenças graves. Portanto, ele é gratuito e segue padrões estabelecidos pelo Ministério da Saúde, com doses aplicadas em diferentes idades. Dessa forma, a seguir, está o cronograma detalhado com as vacinas e as idades recomendadas.

Ao nascer

  • BCG (Bacilo Calmette-Guérin): Protege contra formas graves de tuberculose, como meningite tuberculosa.
  • Hepatite B (monovalente): Primeira dose para proteção contra a hepatite B, que pode causar complicações no fígado.

2 meses

  • Pentavalente: Protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Haemophilus influenzae tipo b (meningite e outras infecções).
  • VIP (Vacina Inativada da Poliomielite): Proteção contra a poliomielite.
  • Rotavírus: Proteção contra formas graves de diarreia causadas pelo rotavírus.
  • Pneumocócica 10-valente: Protege contra pneumonia, otite, meningite e outras infecções pneumocócicas.

3 meses

  • Meningocócica C (conjugada): Protege contra a meningite causada pelo sorogrupo C.

4 meses

  • Reforço das vacinas de 2 meses:
    • Pentavalente
    • VIP
    • Rotavírus
    • Pneumocócica 10-valente

5 meses

  • Meningocócica C (conjugada): Segunda dose para reforçar a proteção contra a meningite.

6 meses

  • VIP (Poliomielite): Terceira dose da vacina inativada contra a poliomielite.

9 meses

  • Febre amarela (dose única): Proteção contra o vírus da febre amarela, especialmente importante para regiões endêmicas.

12 meses (1 ano)

  • Tríplice viral: Protege contra sarampo, caxumba e rubéola.
  • Pneumocócica 10-valente (reforço): Última dose para proteção prolongada contra doenças pneumocócicas.
  • Meningocócica C (reforço): Reforço da proteção contra meningite C.

15 meses (1 ano e 3 meses)

  • DTP (tríplice bacteriana): Reforço contra difteria, tétano e coqueluche.
  • VOP (Vacina Oral da Poliomielite): Reforço contra a poliomielite.
  • Hepatite A: Proteção contra o vírus da hepatite A, que pode causar problemas no fígado.
  • Tetra viral: Protege contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela (catapora).

4 anos

  • DTP (tríplice bacteriana): Segundo reforço contra difteria, tétano e coqueluche.
  • VOP: Reforço final da vacina contra a poliomielite.
  • Varicela (dose única): Proteção adicional contra a catapora.

Observações importantes

  1. Reforços adicionais: Algumas vacinas requerem reforços ao longo da infância para garantir proteção prolongada.
  2. Campanhas anuais: O SUS realiza campanhas específicas para vacinação contra gripe e reforço de outras imunizações.
  3. Atualização constante: O calendário é revisado periodicamente de forma que atende às mudanças epidemiológicas.

O calendário do SUS é abrangente e com isso garante a proteção gratuita contra doenças graves. Portanto, segui-lo é fundamental para proteger não apenas seu filho, mas também a saúde coletiva.

vacinas
Imagem por: FreePik

Quais são as vacinas oferecidas pelo sistema particular?

Sendo assim, além das vacinas básicas oferecidas pelo SUS, o sistema particular disponibiliza opções mais abrangentes, com vacinas que ainda não são fornecidas pela rede pública. Com isso, essas vacinas complementam a imunização, sendo assim, ampliam a proteção contra doenças que podem ser graves.

1. Vacinas exclusivas do sistema particular

O calendário de vacinação particular inclui imunizantes que não fazem parte do programa do SUS. Dessa forma, estas vacinas são indicadas principalmente para prevenir doenças graves ou proteger contra tipos adicionais de agentes infecciosos.

  • Meningocócica ACWY:
    • Protege contra os sorogrupos A, C, W e Y da meningite meningocócica.
    • No SUS, apenas a meningocócica C é oferecida, limitando a proteção.
    • Recomendação: Aplicação a partir de 3 meses com reforços na infância e adolescência.
    • Benefício: Ampla cobertura contra sorogrupos que podem causar surtos em determinadas regiões ou durante viagens internacionais.
  • Meningocócica B (MenB):
    • Previne infecções causadas pelo sorogrupo B, altamente agressivo e responsável por meningites graves.
    • Não está disponível no SUS devido ao custo elevado e à complexidade de produção.
    • Recomendação: Aplicação a partir de 2 meses, com reforços durante a infância.
    • Benefício: Reduz o risco de sequelas graves, como surdez ou problemas neurológicos.
  • Pneumocócica 15 e 20 (Pneumo 15 e 20):
    • Protegem contra até 20 sorotipos de pneumococos, ampliando a cobertura da pneumocócica conjugada.
    • O SUS oferece a pneumocócica 10-valente, que cobre menos sorotipos.
    • Recomendação: Indicada principalmente para crianças, idosos e pessoas com comorbidades.
    • Benefício: Reduz casos de pneumonia, otites e meningites causadas por sorotipos adicionais.
  • Vacinas contra dengue:
    • Disponíveis apenas no sistema particular, protegem contra os tipos mais graves do vírus.
    • Recomendação: A partir dos 9 anos para pessoas que já tiveram dengue anteriormente.
    • Benefício: Diminui significativamente o risco de formas graves da doença.

2. Por que essas vacinas não estão no SUS?

A inclusão de novas vacinas no SUS depende de diversos fatores, como custo, logística de distribuição e prioridades de saúde pública. Sendo assim, vacinas como a ACWY, MenB e Pneumo 15 e 20, apesar de eficazes, possuem um custo elevado e demandam investimentos que nem sempre são viáveis em larga escala.

Por isso, essas vacinas são mais acessíveis em clínicas particulares, atendendo principalmente famílias que buscam ampliar a proteção dos filhos contra doenças específicas.

3. Benefícios das vacinas exclusivas do particular

  1. Ampla proteção: Cobre mais sorotipos e variantes de doenças, como no caso das vacinas pneumocócicas 15 e 20.
  2. Menor incidência de surtos: Vacinas como a ACWY e MenB ajudam a proteger contra surtos inesperados de meningite.
  3. Indicação personalizada: Permite que o pediatra ajuste o calendário conforme as necessidades e o histórico de saúde da criança.

Sendo assim, essas vacinas exclusivas são uma excelente escolha para quem busca uma proteção ainda mais completa, especialmente em casos de viagens internacionais, histórico familiar de doenças graves ou preocupação com surtos locais.

Diferenças principais entre o SUS e o particular: cobertura e idade

Embora ambos os sistemas tenham como objetivo proteger a saúde da criança, o SUS e o sistema particular apresentam diferenças significativas em relação à cobertura, idades e características das vacinas. Portanto, entender essas distinções pode ajudar na melhor escolha para a imunização do seu filho.

1. Cobertura de doenças

O SUS prioriza vacinas essenciais, aquelas que são fundamentais para a saúde pública e o controle de epidemias. Já o sistema particular oferece opções complementares e vacinas exclusivas, ampliando a proteção contra doenças específicas.

  • Cobertura do SUS:
    • Doenças de alta incidência, como sarampo, rubéola, hepatite B e tuberculose.
    • Foco em imunização de massa para reduzir surtos e epidemias.
  • Cobertura do Particular:
    • Vacinas contra doenças como meningite B e dengue, que não estão disponíveis no SUS.
    • Versões combinadas (como a hexavalente) que oferecem proteção mais ampla com menos doses.

2. Idade e flexibilidade

O calendário do SUS segue prazos bem definidos para cada vacina, baseados em estudos de eficácia e segurança. Por exemplo, a vacina BCG é aplicada apenas nos primeiros dias de vida. Dessa forma, no sistema particular, existe maior flexibilidade para ajustar as doses conforme a necessidade.

  • No SUS:
    • As vacinas são aplicadas obrigatoriamente nas idades recomendadas, com reforços em datas específicas.
    • Ideal para quem quer seguir um cronograma padronizado e gratuito.
  • No Particular:
    • É possível adaptar o cronograma de acordo com viagens, condições de saúde ou escolhas pessoais.
    • Famílias podem optar por adiantar ou atrasar doses sem grandes restrições.

3. Tecnologia e composição das vacinas

As vacinas disponíveis no SUS são eficazes e seguras, mas muitas vezes utilizam tecnologias mais antigas e podem causar reações leves, como febre ou dor no local da aplicação. Já no sistema particular, as vacinas são mais avançadas, com menos efeitos adversos e maior comodidade.

  • Vacinas do SUS:
    • Exemplos: Pentavalente (versão com células inteiras), mais propensa a reações leves.
    • Cumpre rigorosos padrões de segurança e eficácia, mas a produção em larga escala pode limitar a disponibilidade de versões mais modernas.
  • Vacinas do Particular:
    • Exemplos: Hexavalente (versão acelular), que combina proteção contra seis doenças em uma única dose e causa menos desconforto.
    • Uso de tecnologias mais recentes, como vacinas conjugadas e acelulares, que oferecem maior tolerabilidade.

As diferenças entre o SUS e o sistema particular são notáveis em termos de cobertura, flexibilidade e tecnologia. Com isso, enquanto o SUS é uma excelente escolha para garantir a proteção básica, o sistema particular é indicado para quem busca proteção adicional ou prefere vacinas mais modernas e menos reativas. Ambas as opções, no entanto, cumprem o papel essencial de proteger a saúde das crianças.

Quanto custa vacinar no sistema particular?

O preço das vacinas particulares varia de acordo com a clínica, a região e o tipo de imunizante. Abaixo, uma média de valores:

  • Meningite B: R$ 700 a R$ 900 por dose.
  • Hexavalente: R$ 400 a R$ 600 por dose.
  • Rotavírus monovalente: R$ 250 a R$ 400 por dose.

Clínicas particulares frequentemente oferecem pacotes com descontos, especialmente para famílias que optam por completar todo o calendário no sistema privado. Dessa forma, o ideal é procurar as clínicas que realizam esse serviço e fazer uma cotação das vacinas.

Como escolher entre o SUS e o particular?

A escolha entre o SUS e o sistema particular depende de vários fatores, como orçamento, disponibilidade e riscos específicos para a criança.

Dessa forma, se o SUS oferece ampla proteção básica, o particular pode ser uma opção para quem deseja ampliar a imunização com vacinas extras. Portanto, converse com o pediatra e avalie as necessidades do seu filho.

Portanto, uma dica valiosa é combinar os dois sistemas: utilize o SUS para vacinas essenciais e recorra ao particular para vacinas complementares.

O que considerar ao proteger o futuro do seu filho

Vacinar é um ato de amor e responsabilidade. Entender o que o SUS e o particular oferecem é o primeiro passo para garantir a melhor proteção para seu filho. Sendo assim, com conhecimento e planejamento, você pode fazer escolhas que impactam positivamente o futuro da saúde da sua família.

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